quinta-feira, novembro 03, 2016

"Odisseia" de Homero e Angola, o que é que tem uma coisa a haver com outra?

Durante a minha adolescência e já como adulto em Benguela, a cidade das acácias de Ernesto Lara Filho no seu SERIPIPI DE BENGUELAeh! seripipi de Benguela
escuta aquela canção.



parece pardal de Luanda
cantando na escuridão.



levanta voo, seripipi
do galho desta prisão.



leva no bico uma esperança
ao ninho do teu irmão.


Ernesto Lara Filho

habituei-me, depois da farra de fim de semana e na  madrugada de domingo levar o tachinho a casa de Mamã Minga, senhora muito idoso que vendia a essas "deshoras" um prato que fazia as delícias de quem tinha a oportunidade de o provar! Ginguinga! Um saboroso festim de tripas de cabra guisadas no seu sangue! Lendo a "Odisseia" de Homero deparo com o mesmo prato! Como o mundo é uma "casquinha de noz"!

GUINGUINGA DE CABRITO
6 pessoas
INGREDIENTES
Miudezas de Cabrito 1000g
Vinagre q.b
Cebolas 500g
Tomates 500
Azeite 2dl
Fuba de milho 150g
Sal q.b
Sumo de Limão 4dl
Gindungo q.b
Sangue do Cabrito 3dl


CONFECÇÃO

PREPARAÇÃO DAS CARNES: I - Preparam-se as miudezas do cabrito, limpando-as muito bem com sal, sumo de limão e água corrente. Depois escaldam-se numa panela com água a ferver e deixa-se repousar umas horas em água fria.  II - Os rins, pulmões, coração e  fígado são cortados aos bocados, e o estômago às tiras para se enrolar as tripas, prendendo-as com um palito.

SANGUE DO CABRITO: Colher o sangue do cabrito numa tigela com o fundo coberto de vinagre.

CEBOLAS: Descascar e picar as cebolas.

TOMATE: Pelar, retirar as sementes e cortar em pedaços. 
REFOGADO: Num tacho, refogar a cebola e o tomate em azeite, temperar com gindungo (piri-piri) e por fim retificar o sal. 
ESTUFADO: Juntar ao refogado as carnes preparadas e deixar estufar em lume muito brando. 

FINALIZAÇÂO: À parte dissolver a fuba de milho num pouco de água e juntar ao sangue do cabrito, antes de adicionar ao estufado e deixar engrossar o molho.

 Servir com funge de milho ou com folhas de abóbora cozidas.

Bom apetite!










quarta-feira, março 30, 2016

SOBERANIAS?

Economia alternativa
A economia alternativa ou altermundista ("outro mundo é possível") é o contraponto ao modelo de supermercadismo, abusos laborais, trabalho infantil, e a todas as injustiças relacionadas com a economia.
O modelo supermercadista implica práticas que dão prioridade a beneficiar as empresas em relação ao trabalho das pessoas, imposição de preços a produtores locais, sem respeitar os custos de produção, impondo a exportação de produtos, olhando só para o maior lucro sem levar em conta a pegada ecológica.
O modelo altermundista procura a conciliação de preços com os produtores locais mais próximos, sendo tanto eles como os consumidores os que saem beneficiados, de tal forma que se reduz também a pegada ecológica.
A compra é uma escolha económica, quando vamos comprar estamos a escolher que modelo queremos que prevaleça, as grandes empresas que controlam os mercados sabem isso, e percebem o prejuízo que lhes provoca uma má imagem, e as perdas que implica um boicote em grande escala (buycott.com).

O desafio é participar no movimento de economia alternativa, impulsionando não só a Soberania alimentar, mas também outras alternativas nessa área, assim sendo, devemos observar os nossos gastos, em alimentação, roupa, energia, seguros, etc., e empenharmo-nos no modelo altermundista.